Blog

Minha Jornada com a Endometriose

Menstruar para a maioria das portadoras de endometriose é sempre muito doloroso e comigo não foi diferente. Sempre fui uma criança muito precoce, esperava ansiosamente por qualquer crescimento e descoberta. Virar ‘mocinha’ era o próximo passo. Mas quando isso aconteceu, as dores, o inchaço, os enjoos e o mal-estar eram constantes. Era rotina sofrer e como todas as mulheres da minha família sofriam da mesma forma, meu parâmetro de comparação sobre menstruação era que sofrer era normal e estava tudo certo. 

Assim, na fase inicial da vida adulta, as dores começaram a surgir em locais e situações que eu não sentia normalmente. Dores ao defecar, urinar, nas relações sexuais… e foi só então que eu liguei o botão de alerta! Acredito que a maioria de nós portadoras já passamos por profissionais da área e foram prescritos anticoncepcionais para que possamos testar, controlar o fluxo menstrual e as dores. Perdi as contas de quantos remédios já tomei: Level, Qlaira, Allurene, Yaz, Yasmin… Ufa! Ainda tem mais, mas não vou me aprofundar nesse e-book. 

Passei por tantos médicos, tantos especialistas… é incrível como uma doença tão comum que atinge 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva tem poucos profissionais que entendem com propriedade sobre o tema. Fiquei perdida, no mais absoluto escuro da falta de informação e de opções de tratamentos. Minha maior chateação era que, apesar de ter quase absoluta certeza de que havia algo de errado comigo e que eu tinha endometriose (os sintomas eram bem específicos), nenhum exame que eu tinha feito “confirmava” isso, segundo os médicos. 

Passei por vários profissionais e nenhum deles simplesmente me solicitou uma ressonância magnética ou cogitou a ultrassom para mapeamento de endometriose. Mas finalmente, em 2015, após cerca de 7 anos que eu liguei o botão de alerta por conta dos sintomas e após mais um garimpo na rede credenciada de médicos do meu plano, encontrei um doutor que solicitou a ressonância magnética pélvica com contraste. Oh exame horrível! Quem já precisou fazer esse exame e ficou dentro daquele equipamento gigante e barulhento sabe o valor de cada minuto (não querendo assustar vocês). 

Quando saiu o resultado veio a confirmação de que haviam focos de endometriose nos ligamentos uterossacros. Pode parecer contraditório e até irônico, mas fiquei aliviada pela confirmação. É um tormento passar 7 anos com uma dúvida dentro de você. Saber que eu não estava louca, paranóica ou algo do tipo foi libertador. E foi aí que eu ouvi pela primeira vez o

nome “Allurene”, pois foi esse remédio que aquele médico me receitou. Mas posso contar um segredo? Não tomei ele. Naquela época, o Allurene tinha acabado de ser lançado, não tinha genérico e custava uma fortuna! 

Voltei a tomar o anticoncepcional que eu estava tomando na época. No ano seguinte, em 2016, fiz a minha primeira tentativa frustrada de engravidar. Após quase um ano sem resultados, percebi que algo estava errado e que provavelmente a endometriose estava influenciando nisso também. Mas eu estava observando também que meu corpo estava mudando. Eu estava ganhando peso e espinhas, minha pele estava oleosa… além disso, eu estava perdendo muito cabelo, vivia fadigada e triste, então fui à outra médica para verificar uma segunda opinião sobre o meu diagnóstico (se era apenas a endometriose mesmo). 

Fiz uma bateria de exames! Hormônios, vitaminas, exames de imagem… E além da endometriose, recebi o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP). Mais uma doença para a lista! A médica me disse que essa enfermidade poderia, assim como a endometriose, afetar a fertilidade. Adivinhem qual foi o tratamento que ela me passou? Dou um brinde para quem acertar… HORMÔNIOS! 

Vocês já se sentiram presas numa teia de aranha? Ou andando em círculos? Foi assim que eu me senti. Se eu tomava hormônios, sentia dores e não teria como engravidar, mas se não tomava, piorava da endometriose e da síndrome dos ovários policísticos. Eu via meu sonho de ser mãe escorrendo através dos meus dedos. Me senti impotente e muito frustrada. Vi na cirurgia uma luz no fim do túnel para me livrar dos sintomas de dor e ter uma chance de ser mãe. 

Em 2019, fiz minha cirurgia laparoscópica. Orei muito para que fosse um sucesso. É muito cansativo viver com dor, inchada. A sensação que eu tinha era que meu útero era um peso, um fardo para mim… já senti vontade de tirá-lo por diversas vezes. Na minha cabeça, ele só me causava dor e desconforto. Não é que eu não aceitasse a doença, eu só estava cansada de viver assim! 

Ninguém compreendia minha dor, nem eu mesma sinceramente! Não sei exatamente quando começou o procedimento cirúrgico porque o mesmo foi agendado para às 5h e fiquei horas lá na maca esperando as instrumentadoras chegarem enquanto ouvia o médico falando coisas

ridículas e absurdas sobre o atraso das mesmas enquanto estava na mesa de cirurgia. Fiquei internada apenas 1 dia e só saí de lá depois que o médico tirou a sonda e fiz xixi (era procedimento médico). No momento da alta, perguntei ao médico se tinha indicações ou contraindicações para me recuperar melhor após a cirurgia (havia lido que a alimentação ajudaria meu corpo a desinflamar), e o mesmo disse: “Pode comer o que quiser, não existe isso de comida influenciar na dor e inflamação”. 

Enfim, voltei para casa, segui os conselhos do médico e após 15 dias voltei a trabalhar normalmente. Mas sentia que algo não estava bem comigo… sabia que poderia ser o pós-cirúrgico, mas as dores no umbigo e na região pélvica não eram normais. Além disso, eu não segurava mais xixi, literalmente fazia xixi nas calças! Já fiz xixi nas calças na rua porque não tinha onde urinar e uma certa vez tive que pagar a lavagem do sofá da minha irmã depois de dormir nele uma noite (eu acordei no outro dia e não sabia que havia feito xixi no sofá! Culpei a cachorrinha dela porque eu jurava que não tinha sido eu, depois fui ver que a minha roupa também estava molhada!). Após isso, não dormi na casa de mais ninguém por muito tempo. 

Voltei ao médico para relatar o que tinha acontecido comigo, falei por tudo que estava passando… Há um termo muito usado aqui no Nordeste quando alguém te trata mal: “dar patada”. Mas acredito que é até uma ofensa com os animais compará-los a alguém tão mal educado como foi aquele médico. Saí chorando de lá! Acredito que o médico achou que, quando levei essas queixas e questionei o porquê estava sentindo tudo isso, estaria duvidando da sua competência… mas, sinceramente, se ele tivesse feito um bom trabalho não me trataria daquela forma grossa e sem empatia. Aquilo tudo foi muito gratuito e desnecessário. 

Entrei em uma ansiedade e tristeza profunda. Se nem o médico conseguiu resolver, se nem com ele eu poderia contar, o que eu poderia fazer para voltar a ter qualidade de vida? Comecei a apresentar sintomas severos de ansiedade, insônia e depressão. Junto veio uma tosse seca que nunca tinha fim. Fui para imunologistas e alergistas, tomei tantos corticoides, anti-inflamatórios e antibióticos. Coloquei para dentro do meu corpo tanta coisa! Até que, por fim, fui a um psiquiatra e o mesmo me receitou ansiolíticos e antidepressivos. Pronto, estava com o combo completo de bomba para o corpo! Dentro de mim, sentia que estava me envenenando e prejudicando ainda mais a minha saúde.

Foi aí que tomei a iniciativa de procurar ajuda com uma terapeuta holística especializada em fitoterapia e medicina tradicional chinesa (MTC) e comecei um novo projeto de vida que buscava viver melhor através de terapias naturais. Foi e ainda é mega desafiador! O tratamento natural é lento e exige muita paciência, paciência essa que eu nunca havia tido na vida. 

Hoje, utilizo e trabalho com uma combinação de terapias naturais que incluem mudanças no estilo de vida como hábitos mentais, noturnos e alimentares… E graças a essa busca, descobri nas terapias naturais uma forma de me encontrar e ajudar mais mulheres a terem mais informação acerca da doença e opções de tratamentos livres de hormônios, remédios alopáticos e cirurgias. 

Durante esse caminho, me tornei terapeuta floral, aromaterapeuta e fitoterapeuta. E aqui, vou compartilhar de maneira direta ao ponto o que venho aprendendo sobre como a fitoterapia pode ajudar nos sintomas da endometriose/adenomiose.

CONHEÇA NOSSO COMBO DE E-BOOKS DE TERAPIAS DO MÉTODO CONVIVENDO COM A ENDO!

CONCORDA COM ESSE CONTEÚDO? COMPARTILHE!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

¨”Enfrento a endometriose com coragem e me dedico a inspirar outras pessoas por meio de e-books e mentoria, fortalecendo-as na batalha contra essa condição.¨

-Ana Nóbrega

RECENTES:

Conheça nosso Combo de Terapias contra Endometriose agora mesmo!

Outros Produtos de Ana Nóbrega

Inscreva-se e fique por dentro de todas as novidades!

Sem spam, notificações apenas sobre novas atualizações.

DESCUBRA GRATUITAMENTE O PODER DOS
CHÁS PARA ENDOMETRIOSE

Preencha e receba O E-BOOK EM SEU EMAIL AGORA MESMO!